17 de abr. de 2010

Vida e jogo.


Território marcado, cada um pro seu canto, assumindo suas posições... elas se olham, elas se cruzam, elas se encaram... a partida inicia... o tempo começa a correr... elas se misturam, exploram território, são elas contra elas... de forma sucinta se apresentam, tentam se enganar, se descobrir, cada uma faz seu jogo... a fome pela vitória chega junto, e sem querer saber do como, o que importa é o vencer... entreolhares avançam, calma e cautela, curiosidade e desejo, fúria e ansiedade, frente a frente, se chocam uma na outra... essa é a hora em que se conta, menos uma peça... para uns a perda instiga, para outros desestimula... o ar da virada já lhe falta ou lhe consome... alguém suspira, e o silêncio? predomina... as peças aos poucos vão tomando um rumo, umas trocam de lugar, outras são eliminadas... a hora da vingança até que surge, mas por um vacilo ou outro... lá se vai mais uma, e mais outra... vai ficando difícil seguir em frente, mas desistir também não seria uma boa opção... o jogo fica tenso, o medo se aproxima, a rivalidade toma proporções... a dúvida se encosta num recanto... já não se sabe em que apostar... já não se sabe como apostar... já não se sabe onde se pisa... já não se sabe em quem confiar... o objetivo perde a graça, jánão é mais vencer... e sim, sobreviver... então que fiquem não os que tem as melhores estratégias, mas os que sabem usar das que tem!


Shell Pontes.

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